Se pedires, coloco menos maquilhagem e mostro-te o meu rosto.
Levo-te bem longe, onde a chuva cairá igualmente entre nós,
Se desejares, carrego-te ao colo pelo caminho e penduro estrelas
Para que possas caminhar na escuridão e, se precisares,
Há fendas nas rochas onde poderás chorar em privacidade.
Preparo-te um banho onde irás lavar-te de toda a dor e vergonha.
No outono, varro o teu jardim para que possas deitar-te e ver todos os astros.
No inverno, prometo-te a minha pele.
Prometo-te amor sem paixões e deslumbramentos,
Prometo-te amor sem paixões e deslumbramentos,
Só amor e liberdade, sem desejo de pureza.
Se quiseres, livro-me de todos os ataques de silêncio rabugento
Se quiseres, livro-me de todos os ataques de silêncio rabugento
E dos acessos de fúria epilética, concedo-te tudo e não desisto.
Quando precisares, crio falsas desculpas para te confortar
E apago em mim as reminiscências sentimentais do teu passado.
Se pedires, mostro-te as qualidades da dor,
Se pedires, mostro-te as qualidades da dor,
Que te fazem ter consciência de quem és.
Se quiseres, alimento-te de toda minha poesia.
Se desejares, mostro-te o meu planeta…
Fotografia: George Christakis
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